Inicio este artigo com a frase do filósofo Friedrich Nietzsche, retirada da introdução do livro “Em busca de sentido, do psicólogo Viktor Frankl”, que passou sua vida no pior campo de concentração do mundo “Auschwitz”, durante a 2ª guerra mundial. Onde as piores atrocidades e inomináveis atos foram cometidos. Atos estes, que nenhum ser humano merece vivenciar , e onde, também, ele perdeu toda sua família, onde todos os seus trabalhos, artigos e riquezas intelectuais foram consumados pelo fogo, argumentados com a arrogância ea maldade do homem bem como sua moral, dignidade e estima, que foram desafiadores a cada segundo da sua existência, pelas mãos dos déspotas nazistas.
Com todas estas adversidades o que este sábio senhor nos descreve, e ainda, como ele próprio cita em seu livro “nunca teremos ideia de um terço dos horrores impensáveis pelos quais os judeus vivenciaram”.
No entanto, ele sobreviveu, e descreveu estes momentos, Contudo, o motivo principal dele manter-se “dignamente” e sobreviver, foi ter um propósito, um sentido pelo qual focou e objetivou, então, a não desistir de viver, como muitos lá o fizeram.
Criou então, uma linha terapêutica, que foca na “busca do sentido da vida, considerando a mesma como principal força motivadora no ser humano”, a Logoterapia ( Pág. 124 – Em busca de sentido).
Devemos assim, considerar que o ser humano não vive somente de bem estar. As adversidades e crises existenciais pessoais ou externas sempre acontecerão constantemente, mas, o que nos faz sentir derrotados, frustrados, deprimidos, raivosos e até nos “tiram do eixo”?
A busca está em cada um de nós. Por isto faz-se necessário o autoconhecimento, pois cada pessoa é um ser único com uma história sua, pessoal e intransferível. Não existe receita ou mágica para que a felicidade seja sua eterna companheira, ela sempre está com você.
Permita-se valorizar os pequenos milagres diários e procure tirar o foco das negatividades que rondam nossa existência, somos mestres em fazer o contrário, né?
Que tal exercitarmos o inverso?
Sua felicidade ou infelicidade não devem estar nas mãos do outro, mas nos seus propósitos e em seu sentido de vida.
Aliás, finalizando, quais são seus propósitos? E sentido de vida?
Observe e perceba, o que tem mais importância? O que vem do outro e é externo, ou seus objetivos e escolhas de vida? Podem, dar sentido e te permitem vivenciar a felicidade constantemente, mesmo ante as adversidades e conflitos.
Dependendo do que sua cabeça (razão) e seu coração (emoção), lhe assinalarem, sugiro uma revisão de vida, onde o foco principal seja você, seus propósitos, aqueles que darão sentido a vida .
Lara Reis
Psicóloga clínica
Pós graduada em psicopedagogia clínica e institucional (UEMG) e Pós Terapia Cognitiva Comportamental (trancada – PUC/MG)
larinhapsi.1971@gmail.com