Estima e amor próprio
Começo este artigo lembrando a todos o tema da Campanha da Fraternidade 2018: Fraternidade e superação da Violência.
Quando falamos em violência, podemos encaixá-la em diversos âmbitos de nossas vidas, e as mesmas, nos parece indicar somente fatores externos e que fogem a nosso controle e são particularmente conhecidos, como falamos no artigo anterior (Fevereiro/2018).
Sugiro que coloquemos a violência externa (pessoas, situações, trabalho, etc.) de lado, e foquemos em nós apenas, onde nossa permissividade faz com que nos violentemos? Ou seja, “nos permita ser castigados e violentados? Uaaau!!Podem dizer: “isto é um grande equívoco, quem gosta de sofrer?“, certo? Mas, existe um ditado que diz: “ Enquanto existir cavalos, São Jorge não anda a pé!”, conhecem?
Pois bem, se formos analisar só nos fazem o que permitamos que nos façam. E ainda assim, encontramos diversas desculpas para tais feitos: “sempre foi assim”,” Ah! minina, já tô” acostumada”, “ deixo para lá e evita conflitos e pronto!”“, reconhecem uma destas frases? Enquanto isto, seu inconsciente, ,“ implora” por sua atenção em você mesmo(a)?
E por aí vai, um caminhão de desculpas, que em uma das diversas linhas da psicologia a psicanálise dá-se o nome de: defesa ou resistência – que nada mais é do que, acreditar, mesmo que não seja real ou verdadeiro em algo que “vivenciamos repetidamente, sem nos dar conta de que aquela situação, nos é prejudicial, disfuncional, sabotadora, e pode causar danos físicos, morais e psicológico, sendo estes leves, moderados ou graves (dependendo de diversos fatores).
Porém, insistimos em deixar que continuem acontecendo, enquanto, inconscientemente nos violentamos, no entanto, estamos tão envolvidos e “acostumados” com estas falsas/pseudo verdades, que não são saudáveis, que nos incomodam, torturam, fazem sofrer calados. Que nem percebemos, torna-se parte de nossa personalidade.
É algo a pensar, concorda? Não nos permitimos ser machucados e violentados, busquemos conscientizar-nos disto.
Assim, nos incomoda, nos maltrata, nos vitimiza (para que se penalizem e sejam piedosos conosco), buscamos culpados externos( geralmente as pessoas mais próximas), e então, procurarmos nos aliviar desta “auto violência inconsciente” , que na psicanálise dá-se o nome de projeção, que é culpabilizar o outro, por ter alguma dificuldade ou não permitir-se, ou até mesmo não querer olhar para si mesmo, este termo é usado para dizer daquele que, por não ter consciência de sua condição, e de também ser parte responsável, projeta/espelha outro dificuldades pessoais e internas. Pois, assim, torna-se mais “cômodo”, possivelmente, porque há a dificuldade de deixar a nossa zona de conforto, onde criamos nosso mundinho e que nos oferece uma falsa sensação de segurança. Além disto, sem esta auto punição inconsciente, podemos ficar perdidos e sem referência. Aí, nos resta suportar e ser suportado, calar o sangramento verbal, em nome de uma boa convivência social e relacional.
*****Assistam o vídeo abaixo, e de acordo com o que é proposto, vá vivenciando-o.
Depois disto, reflita, questione-se, e tome uma atitude.
Vamos começar a Campanha da Fraternidade, dentro de nós mesmos, para então, levá-la aos quatro cantos do mundo, sentindo-se digno e de espalhá-la de modo sincero e verdadeiro.
O mundo precisa de pessoas que se amam e se valorizam. A violência pode começar de você para você e terminar, também. Se sentir dificuldade busque ajuda ,e lembre-se Deus nos quer felizes em sua linda obra.
SUGESTÃO
Alguns hábitos que podem aumentar a autoestima
Sabemos que uma autoestima saudável é a melhor base para que uma mente funcione bem. Contudo, com a sociedade nos oferecendo modelos retocadas com computador e com nós mesmos correndo atrás do relógio e tomando nota das decepções, não somos seus melhores cuidadores. Na verdade, às vezes parecemos seu pior inimigo.
Por outro lado, enfrentar um estado de insegurança que nasce de uma baixa autoestima requer uma estratégia, tempo e uma pausa no caminho. Este artigo pretende ser o fio condutor desse pensamento, apontando hábitos que nutrem adequadamente nossa própria autoestima.
“Se você não for bom amando a si mesmo, terá dificuldade para amar alguém, porque você se ressentirá pelo tempo e a energia que dá a outra pessoa e não dá a si mesmo.”
-Barbara De Angelisi-
Alimente-se com consciência mental
Temos à disposição informação suficiente sobre como o que entra pela nossa boca, se reinventa no nosso paladar, e descansa brevemente no nosso estômago, condiciona o nosso estado de ânimo. Agora que a gastronomia está na moda, podemos dizer que a comida guarda emoções e cumpre uma função que vai mais além de possibilitar a vida.
Alimentação-saudável
Existem alimentos que são tão maravilhosos que melhoram nosso humor, que nos dão energia, sem acelerar demais nosso sistema digestivo. Há alimentos que permitem um descanso prazeroso depois de uma refeição pensada, lógica.
Os alimentos que estimulam a liberação dos chamados hormônios do bem-estar e que contêm as melhores proteínas para nos sentirmos bem com nós mesmos são os que carregam ácidos graxos ômega 3: as oleaginosas, as nozes, o abacate e os peixes.
Trabalhe e melhore cada parcela da sua existência
Está claro que a autoestima implica o amor por “todo o nosso próprio ser”, por isso é fundamental trabalhar cada parte e dimensão das nossas vidas para conseguir a plenitude interior. Uma tarefa importante e que muitos deixamos de lado é nos prover do prazer que acompanha o fato de estarmos vivos. Falo da sorte de contar com possibilidades, com alternativas, por menor que seja a margem para tomar decisões.
Isto representa um dos ingredientes básicos para desenvolver com sucesso a nossa própria autoestima. Se não realizarmos este direito vital, nos sentiremos presos na nossa transformação, nos deixando à mercê das emoções alheias e sem vontade de viver nosso próprio desenvolvimento pessoal, com tudo isso esgotando o amor por nós mesmos. Um traço importante que proponho que você cuide é estender a sua atenção mais além dos seus próprios interesses.
É normal que, se só consideramos um caminho dos tantos que temos à nossa disposição, nos sintamos pouco merecedores do valor que possuímos. Não consideramos outras alternativas e com isso não nos atrevemos a superar a nós mesmo e a nos conquistarmos interiormente. Lembre-se de que você tem uma responsabilidade: tomar atitudes para mudar a relação consigo mesmo, com exercícios e atividades complementares.
Saber do que seu corpo precisa irá aumentar sua autoestima
Com os pontos anteriores, já temos tudo que é necessário para tirar proveito de uma base para uma autoestima saudável, flexível, mas ao mesmo tempo robusta. Contudo, de alguma forma podemos completar isto com outro hábito: ouvir com amor o que nosso corpo e mente nos dizem. Investigar o que nos permite amar nossa existência e que atitudes iluminam nossos próprios corações.
Cultivar-autoestima
Você tem inúmeras atividades que permitem que você se sinta cheio de vitalidade e vontade para comer o mundo, como dançar, cantar, estar na companhia dos animais ou colocar mãos à obra para alcançar aquela meta que você havia abandonado e não sabia por onde começar. O conceito que procuramos não é apenas melhorar a sua autoestima, mas alimentar o resto das fontes que a alimentam.
Artigo enriquecido com a fonte da internet:www. amenteemaravilhosa.com.br
Lara Reis
Psicóloga Clínica, pós graduada em psicopedagogia clínica e institucional, início de especialização em terapia cognitiva comportamental.
*Escreve mensalmente: larinhapsi.1971@gmail.com
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