Lendo um artigo da geriatra Ana Cláudia Quintana, especializada em ajudar pacientes terminais a “aprender” a morrer, no site “Bem mais mulher”, para quem não conhecem a geriatria segundo a médica, Fernando Santiago dos Santos (www.fernandosantiago.com.br/geriatri.htm) é uma especialidade da medicina que já foi uma exclusiva dos idosos, hoje ela é utilizada em todas as épocas da vida e é conhecida como geriatria preventiva.
Proponho pensarmos sobre, porquê esperamos o fim da vida, sendo que tivemos todo o tempo a nós proporcionado para realizar questões que podem mudar a sua e a vida de todos a sua volta”? O que nos impede, e nos leva a crer, que a vida é eterna . Como se a morte fosse uma utopia, e que somos seres imortais, “sempre teremos mais um dia”…até quando?
Ela cita, sugerindo inclusive, um livro escrito por uma enfermeira Australiana, Brownie ware, que tornou-se filme em 2007, que assisti e recomendo, chamado, “Antes de Partir”, o filme conta com excelentes atuações de Jack Nicholson e Morgan Freeman. Onde o bilionário Edward Cole e o mecânico Carter Chambers, são dois pacientes terminais em um mesmo quarto de hospital. Quando se conhecem, resolvem escrever uma lista das coisas que desejam fazer antes de morrer e fogem do hospital para realizá-las.
Na entrevista Ana Cláudia Quintana fala dos desafios de se lidar com algo tão natural, porém, perturbador, como a própria morte. E neste trabalho observa as seguintes questões e conflitos que nos permeiam na hora do adeus.
- Não ter demonstrado afeto – “Passamos a vida construindo muros ao redor do coração da gente para ninguém perceber o que estamos sentindo,” diz Ana;
- Arrepender-se de trabalhar tanto, principalmente, nos pacientes homens, que sentem falta de ter aproveitado mais os filhos e a companhia das parceiras. No caso das mulheres, tem mais haver com, não construir uma carreira profissional, para cuidar dos outros;
- Outra questão que surge, é: “Eu devia ter me feito mais feliz”, que segundo a médica, resume todos os outros. Não ter vivido a vida que se desejava, e sim a que os outros queriam, ou a sociedade exigiu que eu vivesse, este foi o mais citado;
- Todos sentem falta de amigos quando morrem.
Dentro desta proposta, precisamos ser realistas e aceitar, que não existe vida, sem morte. Ambas caminham de mão dadas, no entanto, temos ou não tempo para tais atitudes, jamais saberemos, e, por isto, devemos refletir a cerca dos nossos comportamentos, e colocar em prática nossas vontades, cientes das consequências, e repletos de amor próprio. Pois, o tempo suficiente nos é dado, então, porque não usufruir do mesmo, antes do suspiro final?
Façam, uma excelente reflexão e se permitam uma vida de amor e paz, acreditando que, somente você é responsável por tudo isto.
Lara Reis – CRP 04/14592
Psicóloga Clinica – Pós graduação em psicopedagogia clínica e institucional.
Início de pós graduação em Terapia Cognitiva comportamental