Novembro Azul é um movimento mundial que acontece durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
A doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros – de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que serão mais de 68 mil novos casos da doença ainda em 2018. E as maiores vítimas são homens a partir dos 50 anos, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.
Campanha
Além da cor azul, há quem se disponha a deixar o bigode crescer durante o mês de novembro (o que é conhecido em alguns países como “movember”, uma mistura das palavras inglesas moustache e november). A ideia é que o novo visual proporcionado pelo bigode pudesse simbolizar a mudança da forma como os homens “encaram” os cuidados com a própria saúde. Assim como acontece no Outubro Rosa, durante todo o mês de Novembro existe um esforço de mídia para informar a população sobre as principais doenças que acometem a população masculina, destacando as formas de detectá-la antecipadamente e ajudando a tirar o estigma dos exames que ajudam nas rotinas de check-up médico.
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula masculina (com a forma de maçã) localizada na parte baixa do abdômen, situando-se abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo por onde a urina é na bexiga é eliminada. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que produz e armazena parte do fluido seminal.
O que é câncer de próstata?
Câncer de próstata é o tumor maligno mais comum em homens acima de 50 anos. Os fatores de risco incluem idade acima de 50 anos, histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais e dieta rica em gorduras, sedentarismo e excesso de peso. A raça negra constitui-se um grupo de maior risco para desenvolver a doença.
O que causa o câncer de próstata?
Não se sabe ainda com exatidão a causa do câncer de próstata, mas pesquisas sugerem uma combinação de fatores hormonais, genéticos, alguns hábitos alimentares e condições ambientais como fatores de risco para desenvolver a doença.
Quais são os sintomas da doença?
A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas no início, mas tumores em estágio mais avançado podem causar dificuldades para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga, presença de sangue na urina e, em alguns casos, dor óssea na região das costas.
Como se prevenir
Dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura
Consumir tomate
Pelo menos 30 minutos diários de atividade física;
Manter o peso adequado à altura
Diminuir o consumo de álcool
Não fumar
Homens a partir dos 40 anos devem realizar exames de rotina
Quem tem histórico familiar da doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.
Diagnóstico
Só é possível por meio de dois exames: o antígeno prostático específico (PSA), que permite rastrear e definir a sequência ideal de tratamento nos pacientes com neoplasia de próstata avançada, e o ainda temido exame de toque. “O toque retal, um exame rápido – dura segundos, é praticamente indolor e não afeta em nada a masculinidade do homem – deve também ser realizado, já que o PSA não é eficaz sozinho. Cerca de 20% dos casos diagnosticados ao toque retal podem cursar com PSA normal ao diagnóstico. Infelizmente, ainda há muito preconceito com esse exame. Aproximadamente dois terços dos homens brasileiros não se submetem ao toque retal de rastreamento. Os dois exames juntos (toque e PSA) conseguem diagnosticar 80% dos casos de neoplasia de próstata”, alerta Paladini.
Preconceito quanto ao exame de toque está diminuindo
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 20% dos pacientes portadores de câncer de próstata ainda são diagnósticos em estágios avançados, embora tenha ocorrido uma maior procura nas últimas décadas devido à divulgação e conscientização na população masculina. “Minha percepção, na prática clínica, é que ao longo dos anos, os homens têm aceitado com mais tranquilidade a realização do toque retal quando esse é necessário”, destaca Paladini. “Outro dado interessante foi produzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP): no Brasil enquanto cerca de 40% dos indivíduos tinham a opinião de que o toque retal não era ‘aceitável’ antes de realizar o procedimento, após o mesmo esta proporção caiu para 10%. Isto sugere que a expectativa dos homens quanto ao toque retal é bastante diferente da realidade envolvendo o exame. A disseminação de dados como esse pode auxiliar na desmistificação desse preconceito”, afirma.
A ideia é tornar os homens mais conscientes e alertar para alguns preconceitos que podem colocar em risco suas vidas.
Como é feito o tratamento?
Dependendo da fase em que é diagnosticado o câncer de próstata, o médico poderá indicar radioterapia, cirurgia ou tratamento hormonal, mas a escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada para cada pessoa.
Fonte Hospital do Câncer