Por Caio Marques Fernandes[1]

           Atualmente, vivemos um conflito de gerações. Isso se explica por estarmos em meio a uma revolução tecnológica. Esse conflito atinge todos os espaços de convivência entre adolescentes e jovens e os atuais adultos, que vivenciaram sua juventude em outros tempos. As comunidades de base, por serem um espaço de convivência de jovens e adultos, não fogem desse conflito.

As juventudes das décadas de 70, 80 e 90 vivenciavam um momento social e político diferente dos tempos atuais. As espiritualidades das juventudes dessa época diferenciam da realidade espiritual dos jovens atuais. Muitas das vezes, o que é oferecido pelos líderes comunitários não atendem os anseios das juventudes que vivenciam esses espaços.

O documento 85, documento da CNBB dedicado à discussão sobre a evangelização das juventudes, mostra essa preocupação quando afirma que “em cada época há necessidade de adequar concepções e as práticas de evangelização para se relacionar com os jovens”.

Sabemos que a mensagem de Jesus Cristo nunca se torna antiquada, independente da época. Mas, o jeito de levar a mensagem de Jesus Cristo às novas gerações podem se tornar ineficientes se não for adaptada à linguagem atual.

Toda prática evangelizadora inicia-se com um planejamento. Antes de planejar atividades para a evangelização das juventudes de uma comunidade de base, precisa-se conhecer o perfil das juventudes daquele território paroquial. É essencial que, neste trabalho estejam envolvidos líderes jovens e adultos. Os líderes jovens trarão sua visão atual da evangelização enquanto os adultos auxiliarão esse trabalho e tentarão entender a dinâmica da juventude atual.

Caio Marques Fernandes [1] Especialista em Educação. Foi membro do Conselho Pastoral Arquidiocesano da Arquidiocese de Belo Horizonte, Conselho Pastoral Regional da Região Episcopal Nossa Senhora da Esperança (RENSE), Coordenador do Setor Juventude da Região Episcopal Nossa Senhora da Esperança (RENSE).