“Através do Coração de Maria somos conduzidos ao encontro com Jesus e sua Palavra, e continuamos ouvindo o apelo que ainda hoje ela nos faz: façam tudo o que Ele disser”.

A memória festa litúrgica do Imaculado Coração de Maria é celebrada no sábado que segue à solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na segunda sexta-feira depois da solenidade de Corpus Christi.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria tem suas raízes mais profundas nas Sagradas Escrituras. Lucas, o “pintor” da Santíssima Virgem, registra: “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19).

Historicamente, o século dezoito foi o grande berço e propulsor da teologia e da devoção aos sagrados Corações e Jesus e de Maria. A difusão popular desta devoção foi posteriormente ampliada graças à Confraria de Nossa Senhora das Vitórias de Paris, sua grande divulgadora.

O culto ao Imaculado Coração passa a ser divulgado e incentivado no século dezenove. Santo Antônio Maria Claret foi o grande divulgador dessa devoção na Espanha. Nesse tempo, o ícone do Coração de Maria, num primeiro momento, era conhecido como Mãe do Divino Amor ou Mãe do Amor Formoso, com características de afeto e com apelo ao apostolado, só depois passa ser invocada sob o título de Imaculado Coração.

Em 1942, durante a segunda guerra mundial, o Papa Pio XII consagrou a Igreja e todo o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria e, três anos depois, a festa foi estendida a toda a Igreja Católica.

A partir das aparições de Nossa Senhora em Fátima, a devoção adquire uma conotação de devoção reparadora das ofensas ao Imaculado Coração: Maria se apresenta então com um coração na mão, cercado de espinhos. A partir dessas aparições passou-se a destacar o sábado como especialmente dedicado à Virgem Maria, pedido, aliás, bem antigo, já dos primeiros séculos da Igreja.

A expressão Coração de Maria significa a totalidade da pessoa no seu amor e em toda a sua grandeza espiritual. A devoção ao Coração de Maria tem uma dimensão de sensibilidade e apelo ao apostolado. Tal como a mãe, incansável no cuidado do filho, assim também nós queremos ser incansáveis na doação e na pregação da Boa Nova do seu filho Jesus.

(Pe. Brás Lorenzetti, cmf – Para a Gaudium Press)

Publicado Originalmente em Gaudium Press