Nos dias 26 e 27 de maio aconteceu a Primeira Formação Litúrgica realizado pela Comissão Regional de Liturgia no Auditório da PUC Minas, no coração Eucarístico. A formação foi para a Região Episcopal Nossa Senhora da Esperança (RENSE), mas contou com a participação de vários paroquianos e religiosos consagrados.
O encontro começou com a oração da manhã com o oficio divino das Comunidades. Contou com a participação do Frei Adilson que fez o acolhimento a toda RENSE, enfatizando a importância do 10 encontro regional para o crescimento da nossa pastoral litúrgica, aumentando assim nosso repertório de músicas dentro das celebrações eucarísticas.
O encontro marcou com a presença especial do assessor Arnaldo Temochko que deu início falando sobre a importância da liturgia e especificamente a música ritual. Enfatizou que sua presença no encontro não é para apontar erros como “pode ou não pode”, “certo ou errado”. Ele nos levou a questionar cada canção dentro do ritual com fundamentos teológicos, com o estudo da palavra e seguindo o missal romano. Destacou que nossas celebrações são acontecimento simbólicos, não é momento de doutrinação e aprendizado, de debate ou deliberação, de avaliação ou planejamento, nem mesmo de meditação ou oração individual.
Nossas celebrações são memorial e mistério que transforma minha vida e nossa vida, com palavras e gestos. Ele explicou que por traz de todo rito dentro da missa tem uma história, a assembleia celebrante goza da certeza do que o Deus de ontem, o Deus de hoje e de sempre, aí está o presente.
Fez refletirmos que o canto canta o mistério e não a música que gosto ou quero. É importante observar que a proposta não é fazer música, mas de entrar por meio da arte musical no mistério da salvação. A música dentro da celebração é para levar a assembleia participar e que é coerente que todo povo de Deus cante e não apenas os músicos porque senão fará da celebração uma apresentação e não um mistério de salvação.
A metodologia que o Arnaldo usou foi por meio de um bate-papo tirando as dúvidas dos participantes, com fundamentos e questionamentos, seguindo as instruções do missal Romano. Ele começou com a teoria, exemplificando em fatos históricos e teológicos, citando exemplo da sua experiência dentro das celebrações e de lugares onde passou. Começamos a estudar o rito dentro do missal romano desde a acolhida até o ofertório, usando como referência a Solenidade da Santíssima Trindade.
No dia 27 começamos com a Santa Missa com o Frei Adilson celebrando a solenidade da Santíssima Trindade, destacou que a Trindade é Deus, uno e trino. O Espirito Santo não veio para substituir Deus. Falou da importância de vivermos a unidade e em comunhão com toda Igreja e enfatizou que uma vez batizado já recebemos a presença do Espirito Santo e para tomarmos cuidado ao dizer que fomos batizados pelo espirito mais uma vez porque uma vez batizados somos para sempre. Citou que “o importante é reconhecermos o nosso batismo e aceitar o nosso chamado em prol da evangelização na função que nos é confiada, uma Igreja em saída, em missão e que o Espirito Santo veio para nos fortalecer como intermédio, como santificador dos dons! ”
No final do encontro tivemos a presença do nosso Bispo Dom Mol e deixou uma mensagem a todos os músicos da nossa região e amada arquidiocese: “Celebrando melhor toda a comunidade cristã alcança o ponto Ápice que é celebrar a Eucaristia. ” Os músicos precisam aperfeiçoar e não colocar como peso as formações, é dar passos para que nossas celebrações estejam mais em sintonia com toda liturgia. É projetar e olhar para frente, com uma Igreja em saída que evangeliza onde as pessoas não vivem o mistério da salvação, principalmente nas periferias, diz Dom Mol. Pediu que os ministérios não caminhem sozinhos e que muitos têm boa vontade mas falta o aperfeiçoamento para que a celebração seja completa e de acordo com a pastoral litúrgica.
No segundo dia de formação Arnaldo nos ensinou as formas de cantar o salmo podendo ser cantado ou recitado. E explicou que o mais bonito em um salmo não é o salmista ser o centro das atenções, mas que o objetivo do salmo é justamente fazer com que a palavra de Deus apareça. E tem como fundamento fazer com que a assembleia responda, pois é uma resposta da primeira leitura, sempre estará relacionado com a primeira leitura. Falou da importância de evitar “firulas” e ensinou tecnicamente como é cantar um salmo.
Encerrou o encontro com o agradecimento da Comissão Regional de Liturgia da RENSE e com o convite para a 2 formação regional de música ritual litúrgica, com a presença ilustre do Arnaldo. Arnaldo agradeceu a todos pela presença em meio a tantas crises em nosso País e encerramos o encontro cantando um mantra em forma de coro com todos os músicos da região!
Foto: Elaine
28 de maio de 2018
Redação: Luan Oliveira
Músico Verbo Divino
Pascom Verbo Divino