O documento de Aparecida afirma que “as paróquias são centros de irradiação missionária em seus próprios territórios e devem ser também lugares de formação permanente. Isso exige que organizem várias instâncias formativas que assegurem o acompanhamento e o amadurecimento de todos os agentes pastorais e dos leigos inseridos no mundo” (cf. DA 306).
Destarte, para que as paróquias vivenciem esta realidade, apresentada no documento de Aparecida, é necessário que nelas exista a Pastoral do Dízimo de forma conhecida, inteligente e criativa não somente como suporte para sua manutenção, mas também para o sustento dos diversos processos de formação dos paroquianos.
Há três critérios importantes a serem observados nas paróquias a fim de que os paroquianos assumam o dízimo com consciência:
1. Assertividade dizimal
2. A experiência dizimal
3. A opção dizimal

1. Assertividade dizimal
Ser assertivo na Pastoral do Dízimo é tratar os paroquianos com respeito e, principalmente, evitar conflitos desnecessários. Um agente assertivo é aquele que em relação ao dízimo sabe dizer não, quando quer dizer não e, sim quando quer dizer sim; sabe dar as razões bíblicas, teológicas, eclesiológicas e espirituais do dízimo.
Nossas paróquias, em relação à Pastoral do Dízimo, devem ter agentes assertivos. Ninguém nasce assertivo. A assertividade pode e deve ser desenvolvida ao longo da experiência cristã de Deus. É assertivo o agente que sabe manifestar com clareza e objetividade, experiências, habilidades, opiniões, idéias e sentimentos sobre o que realmente é o dízimo. Assertivo é o agente que sabe tornar o dízimo conhecido, sabe expor seus benefícios, sua essência e sua realidade a fim de motivar e criar desejo de participar.

2. Experiência dizimal
O segundo elemento é a experiência dizimal. Deus inspirou o profeta Malaquias para que o povo voltasse a Ele e ajudasse no templo, mediante o dízimo: “Fazei a experiência” (cf. Ml 3, 10). Somos convidados a fazer a experiência dizimal. A experiência dizimal precisa ser uma realidade forte na vida das pessoas a ponto de transformá-las em testemunhas de como Deus tem provido suas necessidades. Quando na paróquia não se vivencia conscientemente esta realidade não se consegue a participação alegre e ninguém convence outras pessoas sobre o dízimo. Em relação ao dízimo é necessária prática, habilidade e experiência.

3. Opção dizimal
Os motivos pessoais que impulsionam o dizimista a fazer uma opção são: conhecimento, inteligência e criatividade. A opção exige uma continuada reflexão em tudo o que se faz. A livre escolha do dizimista deve ser histórica, humana, existencial e radical em relação ao dízimo.

4 dimensões de escolha do dizimista
Humana: existe a consciência de se estar fazendo a experiência;
Histórica: num determinado momento da vida alguém assume ser dizimista livremente sem constrangimento e impedimento;
Existencial: existe a consciência dos motivos pessoais que impulsionam alguém a ser dizimista;
Radical: Ser dizimista por um ato de fé e muita convicção.

Vivendo as dimensões da assertividade, da experiência e da opção dizimal, a paróquia contará com uma dinâmica Pastoral do Dízimo. O paroquiano será um autêntico dizimista e seu testemunho convencerá outros paroquianos que ainda não fizeram a OPÇÃO CONSCIENTE de ser dizimista.