Caio Marques Fernandes[1]
A pastoral do Crisma tem um papel fundamental na caminhada de um jovem em sua comunidade de base. Muita das vezes, é nessa pastoral que o jovem tem o primeiro contato com o mundo cristão sendo que a primeira impressão determinará, quase sempre, sua permanência nas atividades pastorais.
Precisamos ter em mente que vivemos uma geração diferente de juventudes. Com a criação das grandes metrópoles (no caso de Belo Horizonte, em 1960, com a criação da Região Metropolitana de Belo Horizonte), tivemos uma migração da população rural para as áreas urbanas. Com isso, temos os primeiros jovens que são filhos de pessoas que nasceram nessa realidade de cidade grande, se distanciando cada vez mais das tradições e cultura do campo.
Temos uma transição de uma juventude que trabalhava com seus familiares, seguia suas tradições e cultura à uma juventude crescida na ‘cidade grande’ que dispensa tradições. Vivemos em uma cultura do agora, do hoje, sem “importância” às regras pré-estabelecidas ou impostas. Um mundo em que os jovens assumem os espaços das cidades para a manifestação de suas vontades, de sua arte, de seu mundo. Um mundo onde é impossível absorver todas as informações que são disponibilizadas.
Nesse ponto, o modo de como conduzir o Crisma é essencial: colocar na balança a dose certa de doutrina, palavra e metodologia para os encontros. O caminho é difícil. É preciso conhecer a fundo as necessidades dos jovens, sem deixar de lado os ensinamentos que a nossa amada Igreja pede. Por isso, se faz importante que a pastoral do Crisma caminhe junto com as pastorais juvenis da paróquia, escutando das lideranças as necessidades atuais das juventudes.
Caio Marques Fernandes
[1] Especialista em Educação. Foi membro do Conselho Pastoral Arquidiocesano da Arquidiocese de Belo Horizonte, Conselho Pastoral Regional da Região Episcopal Nossa Senhora da Esperança (RENSE), Coordenador do Setor Juventude da Região Episcopal Nossa Senhora da Esperança (RENSE).