O mau tempo, caracterizado por chuvas e ventos fortes, provocando inundações e cheias nas regiões centro e sul de Moçambique.
Autoridades de Moçambique, do Zimbábue e do Malauí fazem levantamentos sobre mortos, desaparecidos e desassistidos em decorrência da passagem do ciclone Idai pelo sudeste da África, que deixou um rastro de destruição. O cálculo é que o número de mortos pode subir para 1.000.
Pelo menos 2,6 milhões de pessoas foram afetadas pela passagem do ciclone, que causou graves inundações e deslizamentos de terra e destruiu milhares de hectares de plantações. Há registros de enchentes em várias comunidades.
Entretanto, algumas províncias das regiões sul e centro de Moçambique, nomeadamente, Inhambane, Sofala, Zambézia e Manica, estão a ser assoladas desde esta quinta-feira (14), pelo ciclone Idai, caracterizado por ventos fortes com rajadas de 190 a 200 quilômetros por hora, chuvas entre 150 milímetros em 24 horas.
O irmão verbita Moacir Rudnick, SVD), relatou para a congregação um pouco da situação. Ele conta que a tragédia foi devastadora, com muitas mortes e famílias que perderam tudo, casas e pertences.
“Não ha energia, comunicação, combustível, nem alimentos e água potável, existem muitas comunidades rurais que desapareceram em baixo da água, algumas pessoas conseguiram ser salvas porque estavam em cima de árvores ou telhados, mas em muitos lugares o resgate não conseguiu acessar e muitas vidas humanas pereceram. Ontem encontraram num rio 10 corpos boiando”.
Irmão Moacir Rudnick SVD
O irmão Moacir disse que ele está bem, pois o ciclone não foi na região norte, onde vive, mas no centro do país, porém está muito preocupado com a situação, procurando alguma forma de ajudar os atingidos. Ele relata também o cenário de uma paróquia da comunidade verbita, localizada na cidade de Beira, capital da província de Sofala.
A nossa comunidade verbita da Beira, dois padres, estão bem, mas sem poderem se comunicar, pois, não há como carregar os celulares. A previsão é que o restabelecimento de energia possa demorar 1 mês. As três igrejas da paróquia desabaram e a água levou tudo, desapareceram…
Irmão Moacir Rudnick SVD

Internautas divulgaram na rede a real conjuntura vivida pelos atingidos.
Fonte: Padre Anselmo Ribeiro / Agência Brasil – Pascom Fajardo.