Era filho de um pescador da Galiléia de nome Jonas e era irmão de Simão Pedro. Vivia em Cafarnaum e era um seguidor de São João Batista antes de ser apresentado a Jesus. Foi o primeiro apóstolo de Jesus. Ele é mencionado no novo testamento como estando presente nos mais importantes evento da vida e missão de Jesus.
Aparece no episódio da multiplicação dos pães, onde depois da resposta de Felipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes (Jo 6,8-9). André participou da vida pública de Jesus, estava presente na Última Ceia, viu o Cristo Ressussitado, testemunhou a Ascenção e recebeu o primeiro Pentecostes.
Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi alí também que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local. Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de “X”.
Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.
Santo André, primeiro apóstolo de Jesus, é representado na iconografia cristã como um missionário abraçado a uma cruz em forma de X. Padroeiro dos açougueiros, pescadores e mineradores, é também patrono de diversos países, como Escócia, Espanha, Rússia e Grécia.
Um dos discípulos mais fervorosos de Jesus, Santo André padeceu o mesmo suplício do Mestre: a crucificação. No entanto, pediu que não o crucificassem numa cruz com o mesmo formato da de Cristo porque não se achava digno de tanta semelhança.
Crucificaram-no então, de acordo com o relato tradicional, na assim chamada, em latim, “crux decussata“, aquela em forma de “x” que passou a ser conhecida, justamente, como Cruz de Santo André.
Além de fazer parte da vasta iconografia cristã, ela foi incorporada também à heráldica, passando a ser usada em bandeiras e brasões de armas. O caso mais famoso é o da bandeira da Escócia:
A propósito, uma tradição escocesa afirma que as relíquias de Santo André teriam sido levadas para aquele país, especificamente para a cidade que hoje leva o seu nome: Saint Andrews. Graças à presença da Escócia no Reino Unido, a Cruz de Santo André passou a fazer parte da própria bandeira da União, que é o resultado da sobreposição de três cruzes:
- a de São Jorge, da bandeira da Inglaterra (vermelha, no meio, com fundo branco);
- a de São Patrício, que representa a ilha da Irlanda (vermelha em formato de X, com fundo branco);
- e a de Santo André, da bandeira da Escócia (branca, em formato de X, com fundo azul).
Na espiritualidade cristã, a Cruz de Santo André costuma ser representada junto com estas palavras atribuídas ao Apóstolo:
“Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada! Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu, de ti, receba O que por ti me salvou!”
ORAÇÃO Ó Deus, que a vossa Igreja exulte sempre no constante louvor do Apóstolo Santo André, para que, sustentada por sua doutrina e intercessão, seja fiel a seus ensinamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Texto: Publicado originalmente no site Santuário Nacional Aparecida e no Aletéia Brasil