Mergulhados na infinita bondade de Deus, buscando a conversão do coração como proposta de vida e tentando mudar atitudes e anseios, a Comunidade São Judas Tadeu celebrou o Tríduo Pascal na semana dos cristãos, a semana especial, enfim, a mais significativa das semanas. E toda a liturgia nos falou de  um amor insondável, de um mistério infinito, de uma bondade sem limites. Por que será que toca tanto nossa alma quando relembramos e revivemos os mistérios dos últimos dias do Senhor em nosso meio? Por que a paixão, a dor, o abandono, a solidão, a morte, parecem dizer tanto a nós cristãos? Por que corremos ao encontro daquele que é a Luz que destrói as trevas e elimina o poder da morte? Estas são perguntas que motivaram os fiéis durante a celebração de momentos fortes como uma única e grande celebração da vida. Celebrar o Tríduo Pascal é poder entrar definitivamente na comunhão com o Cristo, única e verdadeira Páscoa. Trata-se, portanto, de uma celebração com três momentos distintos, mas integrados. Três faces de um mesmo mistério: a Páscoa.

Na quinta feira celebrou-se a Ceia do Senhor, onde recordamos a instituição da Eucaristia e do sacramento da ordem. A missa foi celebrada às 19 horas pelo Pe. Carlos que durante o Evangelho lavou os pés de doze membros da comunidade que representaram pessoas da atualidade. Após a celebração houve procissão de transladação do Santíssimo Sacramento até o salão da igreja, onde aconteceu adoração até meia noite.

Na sexta feira celebrou-se as 15 horas a Paixão do Senhor, uma celebração marcada pelo luto e pela tristeza de contemplar Jesus morto na Cruz. Durante a celebração, presidida pelo Pe. Pedro, a comunidade adorou o madeiro da Cruz que para nós se tornou sinal de Glória. A igreja foi tomada pelo aroma das ervas que foram espalhadas por todo o corredor central, e o silêncio marcou a celebração.

No sábado Santo celebrou-se às 19 horas a Vigília Pascal, pode-se dizer que esta é a vigília das vigílias, onde o bem vence o mal, a luz vence as trevas e a vida vence a morte! O Círio Pascal foi aceso pelo Pe. José Armando após a benção do fogo, e conduziu toda a assembléia em procissão até a igreja, indicando que Cristo é a Luz do mundo e guia seu rebanho. Entre brados de vitória e soar dos sinos, a assembleia entoou o hino do Glória e exaltou ao Cristo que Vive! Duas jovens receberam o batismo e outras duas a Primeira Eucaristia, junto delas toda a assembleia renovou as promessas batismais. Foi uma celebração digna para glorificar e exaltar o Cordeiro de Deus que morreu e ressuscitou por cada um de nós!

E neste domingo glorioso, às 8 horas celebramos a Ressurreição do Senhor, que é a reafirmação da Vitória, já celebrada na grande Vigília do dia anterior. Cristo Ressuscitou, Aleluia! A celebração foi presidida pelo Pe. Carlos que durante sua homilia convidou os fiéis a serem cada vez mais homens e mulheres da Ressurreição de Cristo. No ato penitencial, os jovens da comunidade realizaram a encenação do encontro do túmulo vazio, e o anúncio que Jesus Ressuscitou. No final da encenação Jesus Glorioso entrou pelo corredor central e foi até o altar, onde a comunidade leu uma breve mensagem de Páscoa e Jesus saiu com os discípulos, Maria e Maria Madalena ao som de Ressiscitooou, Ressiscitooou, Ressiscitooou, Aleluiaaa!

O maior tesouro da liturgia está na recordação da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor. O tríduo pascal é a celebração mais importante na vida da Igreja, não há celebração, em ordem de grandeza que se possa colocar em seu nível. Assim, este é o centro não só do ciclo da Páscoa como tal, mas também de toda a liturgia e de toda a Igreja.

Que possamos celebrar bem estes dias e que a certeza do Senhor que Vive e Reina, seja a maior das certezas de nossa vida cristã. O mistério pascal que celebramos nos dias do sagrado tríduo é a pauta e o programa que devemos seguir em nossas vidas.


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(Redação:Rafael Felipe G. Miranda
Fotos:Luis Henrique Rafael Felipe G. Miranda
Pascom)