Por Alessando Faleiro – SVD SDEVA

Família Arnaldina: religiosas deixam clausura e celebram com o Papa

No último dia da visita do Papa aos Estados Unidos, em 27 de setembro, 15 irmãs da Congregação das Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua (SSpSAP), um dos ramos da Família Arnaldina, deixaram o convento onde vivem enclausuradas para participar da missa presidida pelo Papa Francisco. A Eucaristia marcou a conclusão do VIII Encontro Mundial das Famílias, na Filadélfia.

“Estar perto do Papa renova nosso chamado de fidelidade à Cristo e ao Evangelho”, disse madre Maria Elizabeth, superiora-geral da Congregação, em entrevista ao jornalista Rodrigo Luiz, da Canção Nova. A religiosa brasileira vive na cidade de Bad Driburg, Alemanha, e era a primeira vez que via o Papa Francisco. A madre é responsável por cerca de 400 irmãs. Elas vivem em 22 conventos em todo o mundo, inclusive no Brasil, em Ponta Grossa-PR.

As consagradas se dedicam à oração contemplativa e vivem enclausuradas. “A comunidade só sai quando precisa ir ao médico, dentista ou resolver algum problema de documento”, explicou. Segundo a madre, a principal missão das religiosas é rezar pelas famílias, pelos sacerdotes e pelas obras missionárias da Igreja, por isso elas estavam presentes no encontro direcionado às famílias. “Muitas famílias vêm pedir oração, e vemos que há uma confiança muito grande na oração.”

Madre Maria afirmou que a vida contemplativa ajuda as famílias a se recordarem da importância da busca de Deus. “Não existe encontro com Deus sem silêncio. É necessário buscar encontro com Deus. Para discernir entre o que é bom e o que é mal, precisamos escutar o que Deus só fala no silêncio”, enfatizou.

Irmãs rosadas

As religiosas chamaram a atenção dos participantes por causa da tonalidade rosa do hábito. Madre Maria explicou que a cor foi escolhida pelo fundador, Santo Arnaldo Janssen, em 1896. “Essa cor representa o Espírito Santo e a alegria de estar a serviço de Deus”, explicou. A vestimenta é o hábito oficial do convento, mas normalmente não costumam sair com ele, usam apenas dentro da clausura. “Quando saímos, usamos um hábito cinza”, esclareceu.

A religiosa explicou o sentido da alegria do serviço, apelo constate do Papa Francisco. “A obra de Cristo é de vida e salvação, portanto participar desta obra é motivo de alegria. Em tudo o que vivemos, acreditamos que Deus está nos conduzindo à alegria eterna.”

Fonte: Rodrigo Luiz (Canção Nova) e SVD Portugal – Edição para SVD-Esdeva: Alessandro Faleiro Marques – Foto: Rodrigo Luiz (CN).