A boa comunicação e o atendimento são a base da fidelidade de uma comunidade participativa. O maestro é quem dá a batuta a sua orquestra. Neste caso, o pároco e o vigário são os regentes da orquestra, na qual a batuta sempre direcionará e harmonizará a equipe por meio da secretaria paroquial.
O atendimento na secretaria reflete o rosto da paróquia. Poderíamos afirmar que é considerado o cartão de visita, e a(o) secretária(o) atua de modo importante nisso. Em sua atuação, destacam-se todos os elementos vitais de comunicação, como expressão corporal e tom de voz, e o que for transmitido terá implicações para a imagem da paróquia, do pároco, da igreja local e universal. Num mundo em que tudo tem importância e ao mesmo tempo a subjetividade interpela os valores, cada detalhe da secretaria vai refletir na visão pessoal formada pelo paroquiano ou visitante e contribuirá ou não para sua identificação, seja com o atendente, seja com o ambiente, que deve ser bem cuidado, sem ostentar luxo, mas ter dignidade, conforto e sobriedade.
Caso a secretaria exerça seu papel burocrático sem uma proximidade, sem uma comunhão que proporcione a cultura do encontro, o trabalho fica vazio e difícil de ser entendido e aceito. Comunicar as normas, as leis, envolve o como falar, e nem sempre é fácil pôr em prática as orientações da Igreja, ainda mais no momento atual da história em que se tende a questionar, a criticar cada vez mais, e em que as pessoas criam resistência se as regras e orientações são apresentadas apenas como imposição. Já com bom senso, docilidade e espiritualidade, a comunicação fluirá, levando àquele para quem o espaço paroquial existe: Jesus Cristo.
Ser secretária(o) exige, acima de tudo, muito bom senso, pois até mesmo a convivência com um sacerdote requer maturidade cristã, para respeitar seus limites e valorizar seus dons, sem blindá-lo, deixando-o exercer seu ministério de atendimento às pessoas, mesmo que existam perigos, golpes. O padre é o pastor que conduz uma comunidade e, assim como um pai, precisa atender seus filhos.
O atendimento telefônico e pessoal perpassa o profissional, mas sem se deixar perder nas muitas necessidades de pessoas carentes, difíceis, controladoras. A rotina de abrir e fechar a secretaria com um atendimento humanizado e, sobretudo, a discrição sobre a vida pessoal do sacerdote e dos demais paroquianos devem estar acima das dificuldades pessoais. O cuidado com a discrição é fundamental, sim, pois é comum que, antes de falar com o padre, as pessoas contem a sua vida na secretaria, uma vez que esse espaço, para elas, é também extensão do sagrado.
Na secretaria têm lugar situações que nos fazem refletir sobre a liderança e os seus liderados, afinal nela é possível observar a multiplicidade de posturas e ações que precisam estar em sintonia com as orientações da Igreja local e universal.
Um espaço simples não quer dizer simplório; uma veste simples não precisa parecer descuidada; um espaço antigo ou novo exige cuidado como patrimônio da comunidade, a exemplo do que dizia o bem-aventurado padre Tiago Alberione, fundador da Família Paulina: “Ser pobre é cuidar bem do que se tem, para manter e durar”. Em algumas igrejas, a secretaria parece verdadeiro depósito de objetos e de tudo aquilo que não se sabe onde armazenar. É preferível dar-lhes outra destinação, pois o espaço sagrado e suas atenções merecem extremo cuidado e zelo.
Não é compreensível que, em igrejas onde se fazem tantos casamentos com muita ornamentação, nem sequer uma flor seja colocada sobre a mesa da recepção. O zelo, a atenção aos detalhes fazem um bom secretário(a); tem de ser adequado não somente na parte burocrática, mas também na parte estética, com senso ecológico, pessoal e do ambiente em que trabalha. Deve propiciar que a comunicação com os visitantes seja a mais harmoniosa possível. Secretários e secretárias precisariam saber que a comunicação, conforme certo estudo, é 70% corporal, 35% auditiva e 7% verbal: 70% da comunicação está relacionada ao modo como a pessoa se mostra, à sua postura, suas vestes, cuidados pessoais, entre eles cabelos, unhas etc.; 35%, ao que ouvimos – o tom de voz, o timbre (o uso do telefone, muitas vezes, provoca mais problemas do que os existentes de fato, pois nele a única referência é a voz, que transmite emoção, atenção ou indiferença); e 7%, à nossa memória do que foi falado. Pelo fato de não memorizarmos com facilidade, um aviso, após a comunhão, deveria sempre ser repetido. Como nos lembrar posteriormente de um aviso a nós dirigido por meio da fala quando estamos recém-saídos de um estado de concentração pós-comunhão? Temos dificuldade para memorizar a fala. Por isso é tão importante ler e ouvir a leitura.
Por Helena Ribeiro Crépin / Natividade Pereira, fsp
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