Sim, isso pode acontecer. Vamos entender um pouco mais sobre o colesterol.
Existem dois tipos de colesterol. O popularmente conhecido como colesterol bom é o HDL (lipoproteína de alta densidade), que ajuda a limpar o nosso organismo, carregando o excesso do colesterol que “entope” o nosso corpo. O denominado colesterol ruim é o LDL (lipoproteína de baixa densidade). Este tem a capacidade de se acumular nos vasos e formar as placas de gordura. E quando estas placas se desprendem é muito perigoso, pois podem causar infarto ou derrame (AVC).
É importante saber que o colesterol tem duas fontes: uma é dos alimentos, e outra que o nosso próprio organismo produz. Então, se consumirmos em excesso alimentos com gordura, mais o que produzimos, poderemos ter um acúmulo exagerado, que é o colesterol alto.
Como Saber se a criança está com colesterol alto?
O colesterol alto não causa nenhuma alteração perceptível na criança. Por isso, têm alguns fatores que servem de alerta, como: história de morte na família por infarto, sedentarismo, obesidade ou quem se alimenta com ingestão exagerada de gorduras saturadas (presentes em alimentos de origem animal e vegetal). Nestes casos, há mais chances de ter colesterol alto. Lembre-se que crianças magras também podem ter colesterol alto, pela herança genética.
O diagnóstico é bastante simples, com uma coleta de sangue para o exame do colesterol total.
Antes dos dois anos, já se pode estar atento, principalmente se tem história na família e/ou criança obesa. Nem sempre a obesidade é sinônimo de colesterol alto, mas, muitas vezes, esses dois fatores estão associados.
Como cuidar e prevenir?
O aleitamento materno exclusivo até os seis meses protege a criança contra o excesso de colesterol. Após os seis meses, é importante cuidar com a introdução gradual e correta de alimentos.
Alimentação balanceada: aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, que além de saudáveis, contêm muitas fibras, que impedem a absorção do colesterol; evitar alimentos como: frituras, carnes com gordura, frango com a pele, creme de leite, maionese, manteiga, bolachas e doces.
A prática de exercícios vai beneficiar sua saúde, principalmente com brincadeiras no sol, ao ar livre, nas quais a criança possa se movimentar bem. Seus ossos e músculos ficam mais fortes, diminui o risco de que tenha sobrepeso e obesidade, fica com mais apetite e também dorme melhor.
Desde o bebê bem pequeno, deve haver liberdade para ele se mover.
A partir dos 6 meses, mães e pais podem fazer “exercícios”, por exemplo, com as perninhas, bracinhos, virando o bebê, para estimular o desenvolvimento. Um cercado permite à criança observar o ambiente, brincar e se apoiar para ficar de pé.
A partir dos 10 meses, a criança deve ter espaço para engatinhar e depois começar a andar com apoio.
Para a criança de um a três anos, a atividade física deve ser ainda mais estimulada: entrar e sair de caixas de papelão, subir e descer de obstáculos pequenos, andar, passear pela comunidade.
No período pré-escolar, de quatro a sete anos, são atividades indicadas: andar, correr, pular, subir, nadar. Isso pode ser feito também através de jogos que visam aperfeiçoar a coordenação motora e as brincadeiras ao ar livre.
Fonte: Pastoral da criança do Brasil