“Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós tudo possuímos.” 2 Corintios 6,10

Autenticidade

Será a autenticidade um risco numa sociedade como a nossa?” pergunta feita a Mário Sergio Cortella (filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro), em uma entrevista.

Interessante questão proposta para que possamos refletir.

Autenticidade, o que é isto?  Segundo o dicionário: Característica, particularidade ou estado do que é autêntico. Natureza daquilo que é real ou verdadeiro; estado do que é genuíno; verdadeiro: Particularidade do que se pode confiar; que se encontra em conformidade com a lei; legitimidade.

Podemos pensá-la como uma incoerência do mundo em que vivemos. Como sermos autênticos e atender a tudo que nos é imposto ou a todos que nos impõem, sem perder nossa essência ou sem nos conhecer para então, diferenciar uma da outra? Complexo né?

Você se sente autêntico quando usa seu discurso? Ou seja, aquilo que fala, para colocar-se ante aos outros e suas atitudes e comportamentos, estão coerentes com aquilo que pensa e faz, ou tem muito daquele velho ditado popular, “façam o que falo, mas não façam o que faço (ou penso)?”.

Sentiria confortável se suas crianças, adolescente, familiares, amigos, conhecidos, entre outros, pudessem ver você transparentemente, dentro da sua essência?

A sociedade nos molda, é claro, e diante disto em vários momentos de nossas vidas usamos algumas máscaras e exercemos papéis, para que possamos “nos adaptar” ante diversas situações, todos em algum momento da vida precisam fazer como um camaleão camuflar-se.

 A questão é? Quantas vezes fazemos isto por dia? Em que situações? Banais e simples? Isto me deixa confortável, afinal consigo assim ser aceito.

A autenticidade, segundo Cortella, “vem da possibilidade de coincidir aquilo que eu aparento com aquilo que sou, aquilo que faço com aquilo que digo”… “E isto é frágil porque vivemos numa sociedade em que a aparência não incorpora necessariamente a essência, em que aquilo que se mostra não é obrigatoriamente aquilo que se tem, ele acrescenta:” eu considero que uma pessoa autentica tem um desgaste intenso e um sofrimento prolongado para manter esta incoerência.

Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes… Enfim, quem somos?  Somente você tem a resposta, por isto tantos questionamentos.

Se a autenticidade não for equilibrada pode ser um risco para a sociedade.

Ser autêntico não significa ser sem educação, mas usar de sabedoria e equilíbrio para lidar com os outros.

Aí sim está a riqueza!

larinhapsi.1971@gmail.com

Lara Reis – Psicologa

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