O verbita Walter Rubén Zarza é o destaque nesta última reportagem da série “Jovens Missionários”. O religioso nasceu em 1985, numa pequena cidade chamada Yuty, a cerca de 400 km da capital Assunção, no Paraguai. Atualmente o missionário vive na Comunidade Dom Helder Câmara, em Contagem-MG, onde reside junto com os estudantes de Filosofia. Walter conta que vem de uma família numerosa, com sete irmãos, e logo ressalta que os pais, Fabio e Mariana, estão celebrando 54 anos de matrimônio.
Walter decidiu ser verbita irmão. Ele cursa o sexto período de Ciências Sociais na PUC Minas, em Belo Horizonte, e ajuda na formação de crianças e adolescentes na Casa do Homem de Nazaré, obra administrada pelos missionários do Verbo Divino na capital mineira. “Meu trabalho é poder oferecer uma base cristã a essas crianças e adolescentes, porque muitos deles vêm de uma família ou de um contexto em que a religião não é muito valorizada”, explica.
Chamado missionário
Irmão Walter teve o primeiro contato com os verbitas quando estava no último ano
do colégio. O promotor vocacional da SVD visitou a escola, e Walter acabou atendendo ao convite de participar dos encontros de discernimento, marcados para Caacupé, cidade onde se situa o santuário da Virgem padroeira do Paraguai. “Um fator importante foi o apoio dos meus pais desde o começo”, sublinha. O verbita lembra que, na época do aspirantado, sua inclinação para a vida religiosa foi crescendo, não para ser um padre, mas um missionário irmão.
A vinda do Ir. Walter para o Brasil deveu-se a remanejamentos promovidos pela Congregação. “Quando eu estava na Argentina, fazendo o noviciado, houve no Paraguai umas mudanças na formação, e uma delas foi a do local do noviciado. Já não seria em Córdoba [Argentina], mas em Assunção, no Paraguai.” A transferência do noviciado da Argentina para o Paraguai acabou fazendo com que a etapa do juniorado saísse da terra natal de Walter. “Alguns dos meus companheiros foram para o Chile, outros ficaram na Argentina, e eu vim para o Brasil”, conta.
“Ainda no noviciado, fizeram-me o convite para vir estudar no Brasil, e como o País é conhecido fora como a ‘capital do futebol, carnaval e praias’, aceitei”, brinca. Segundo o irmão, o verdadeiro motivo foi um antigo desejo de conhecer um país de língua inglesa ou portuguesa. “Sempre achei um ‘bom desafio’ conhecer línguas e culturas”, resume.
Entrega à missão
No Brasil, uma das experiências mais marcantes para Walter foi estar ao lado do povo de Mairi-BA. O irmão trabalhou na região em 2012, um ano após chegar ao País.
“Foi uma experiência muito boa e muito forte. Até esse momento, eu não conhecia o que era sertão, nunca antes tinha sentido água salgada caindo de um chuveiro sobre a minha cabeça, ou seja, aprendi a dar valor às coisas mais simples: água, chuva, religiosidade popular.”
O missionário também recorda que teve oportunidade de visitar todas as comunidades rurais atendidas pelos verbitas da paróquia. Assim, ele percebeu a alegria das pessoas, mesmo na simplicidade. “A partilha da vida era o mais importante.” Esses desafios ajudaram a fortalecê-lo em sua caminhada como religioso, conta. No fim do ano passado, depois de 30 anos administrada pelos verbitas, a paróquia voltou a ser conduzida pelos padres diocesanos. Para Walter e os outros verbitas, ficaram as lembranças e o orgulho de ter cumprido a missão de comunicar Cristo ao povo.
O religioso acredita que a crescente secularização seja o principal problema para o anúncio do Evangelho no Brasil. “A Igreja Católica vai perdendo força no cenário social e político”, analisa. Mas ele também lembra outros problemas, como o sincretismo religioso e a dificuldade de a Igreja chegar a quem mais precisa.
Convite aos jovens
A vida em comunidade, segundo o irmão, pode incentivar os jovens a se consagrarem a Deus. “No caso da SVD, pessoas de diferentes lugares e culturas conseguindo morar na mesma casa e trabalhar juntos. Acredito também que um fator que atrai muito é o estilo de vida dos religiosos, ou seja, uma vida despojada, entregue à missão.”
O verbita adverte, no entanto, que religiosos amargos, sem carisma para trabalhar com o povo ou acomodados afastam as pessoas. “O individualismo é um antitestemunho para a sociedade, principalmente para os jovens”, reflete.
Walter não faz rodeios ao convidar os jovens para fazerem parte da Congregação do Verbo Divino. “Eu os animo para que possam entrar na SVD e conhecer de perto o trabalho, o carisma e a espiritualidade da Congregação. Também os incentivo a entrar em contato com os promotores vocacionais ou com seus párocos verbitas, para que possam conhecer mais sobre a família verbita e receber o acompanhamento necessário.”
Tradição verbita
Um dos projetos de Walter é, após concluir o curso de Ciências Sociais, começar os estudos na área de Antropologia, um campo tradicionalmente valorizado pela SVD. “Acredito que a Antropologia ajudaria muito no campo missionário, tendo em conta as dimensões da SVD e os trabalhos realizados no Brasil e em outros lugares do mundo na área”, justifica. Outra pretensão do religioso é continuar caminhado junto com os filósofos verbitas, partilhando com eles a vida, as esperanças e as angústias.
Agenda dos encontros vocacionais 2016
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